sexta-feira, 18 de junho de 2010

A Arte Gótica

A arquitetura foi a principal expressão da Arte Gótica e propagou-se por diversas regiões da Europa, principalmente com as construções de catedrais. Apoiavam-se nos princípios de um forte simbolismo teológico, fruto do mais puro pensamento escolástico: as paredes eram a base espiritual da Igreja, os pilares representavam os santos, e os arcos e os nervos eram o caminho para Deus, eles acreditavam que com a entrada da luz atráves das grandes janelas, também pudessem entrar o espírito de DEUS.
Não só a arquitetrura, mas as pinturas e as escuturas eram todas sobre temas religiosos, É muito interessante poder ver, como que o homem sempre teve essa necesidade de religar- se a DEUS.
A arte gótica trabalhou muito em cima deste príncípio, e através das esculturas feitas do lado de fora das catedrais, eles esculpiam acontecimentos bíblicos utilizando -se de pessoas da biblia, como podemos ver na imagem1 Melquisedeque, Abraão como seu filho Isaac e Móises com a tábuas dos mandamentos, a intenção eram passar a mensagenm de entendimento e meditação para os fiéis.
Nas pinturas eles sempre exaltavam aqueles que eram santos destacando as imagens das demais e também através de um arco em volta da cabeça como podemmos ver a imagem2.
A intenção da arte gótica era também passar sensações e sentimento para aqueles que vissem, como podemos analisar a imagem 3, eles tentam fazer com que nos sintamos tudo aquilo que as pessoas que estão sentindo, ao presenciar a morte da Virgem Maria, eles passam a sensação de dor, um olhar de intensa preocupação, no gesto tradicional de aflição e luto, e analizando esta imagem realmente conseguimos sentir o que o autor quer que sintamos.

quinta-feira, 3 de junho de 2010






A pop art era um movimento onde os artistas usavam figuras e ícones populares, e também produtos do capitalismo (como embalagens e propagandas) para expressar arte, fazendo assim uma crítica ao consumo de massa. Ela começou na Inglaterra na década de 1950, mas só passou a ser mais conhecido a partir de 196º.
A característica de arte trata-se de uma crítica irônica do bombardeamento da sociedade de massa pelos objetos de consumo. O que muitas vezes inspiravam os artistas eram os ídolos do cinema e da música e tudo aquilo que era consumido em excesso pela sociedade, fazendo com que a arte ficasse cada vez mais próxima das massas.
Após visitar a exposição do artista norte americano Andy Warhol Mr América, pude chegar a algumas reflexões em relação ao mundo da moda. Observei que o referido artista em determinado momento de sua carreira, utilizando de seu humor sarcástico, passou a realizar trabalhos com as embalagens das sopas Campebell’s que fora comercializada durante todo o século XX nos EUA, devido ao seu custo acessível. Em comparação com o mundo fashion atual, o autor nos fazer refletir e questionar sobre os limites da individualidade, onde ele mostra a semelhança das latas e a diferenciação dos produtos nos levando a pensar sobre forma, conteúdo, essência e aparência.
Fazendo uma analogia da moda com a Pop Art que se utilizava de imagens vinculadas nos meios de comunicação de massa, pode compreender - se que a arte e a moda andam lada o a lado como um meio de comunicação e transmitindo mensagens por quem as usa, ou porque as vêem. As roupas são utilizadas pela pessoa a fim de passar determinada mensagem, ou imagem, porém assim como a arte, é interpretada por quem a vê ou recebe de maneiras diferentes.
As roupas podem ser usadas para as pessoas serem incluídas ou excluídas da sociedade. As roupas mostram o seu exterior e não o seu interior, com certeza isto em relação à moda não é tão diferente, porque reflete o vazio que as pessoas têm em tentar mostrar ser algo que elas não são. E também como na onde o artista expressa seus sentimentos através de sua obras.


















quinta-feira, 20 de maio de 2010

A costura do invisível



Em um determinado momento da carreira de Jum Nakao, ele começa a refletir sobre a sua vocação, a sua essência e sobre qual o valor de uma ideia, onde e porque haver conquistas de territórios. Diante desta situação, ele se vê diante de uma crise em sua carreira profissional, e se depara com um imenso vazio, o que o leva a buscar respostas para tantas dúvidas, questionando uma série de problemas, com o intuito de reagir a um mercado tão capitalista.

Foi aí que ele teve a ideia de criar uma coleção de papel, para que fosse algo diferente, inusitado e no final todas as peças seriam destruídas, respondendo aos seus questionamentos, mas isso para ele não seria o fim e sim o começo da destruição do caos que ele vivia em cada estação onde tinha que criar novas tendências.

Ele queria que esta criação em papel fosse algo precioso para gerar um deslumbramento nas pessoas, a ponto de elas desejarem cada peça. Para isso, ele se inspirou nas roupas do final dos Séculos XIX e XX, onde foi uma época em que as peças eram extremamente elaboradas e preciosas, devido ao estudo volumétrico destas e das texturas, e por elas serem bem trabalhadas, havendo uma relação meio barroco, mas de forma bem leve como se fossem uma obra de arte, para que no momento em que fossem destruídas gerasse um grande vazio e angústia no público e aquele momento ficasse apenas na memória.

O papel usado para montar as peças seria o papel vegetal, porque com ele seria possível definir não só uma forma, mas enxergar através da forma deste papel, a sutil transparência e leveza que ele daria as roupas.

Para gerar um certo encantamento, ele criou as perucas inspiradas nas fadinhas Playmobil, como um elemento lúdico, com o intuito de fazer as pessoas se distanciarem de um mundo real e entrarem em um conto de fadas, onde elas poderiam se enxergar dentro de cada peça e se identificar com parte de seu universo, valorizando o conceito da roupa, o objeto do desejo.

As gravações dos relevos nos papéis foram feitos por uma empresa especializada, e para filetar e rendar cada modelo, foi utilizada a tecnologia a laser para que tudo ficasse o mais impecável possível e gerasse dúvidas no público, a fim de que só no momento da destruição das peças fosse revelado o seu trabalho. Para o cenário seria usado o papel vergê, pelo fato de que ele reagiria à luz, dando a sensação de que as anêmonas criadas estivessem vivas.

O papel vegetal implicava em várias dificuldades técnicas, pelo fato de como seria costurado e colado. Para a construção das peças, ele desenvolveu um manual de procedimento específico para cada peça e contou com a ajuda de uma equipe especializada em projetos especiais.

Toda construção e divulgação das peças foram feitas de uma forma bem sigilosa, para haver uma certa desinformação e manter o impacto do seu trabalho como uma conspiração em gerar uma falsa verdade. Foi apenas divulgado que estavam fazendo uma coleção baseada nos Séculos XIX e XX, em um universo lúdico, que era branco e que os tecidos eram bordados e bem trabalhados, mas sem revelar que era de papel, porque era fundamental criar uma certa surpresa, revelação e tensão nas pessoas, com algo que era desconhecido.

Todas as músicas, bem como a iluminação foram bem elaboradas, a fim de que a cada olhar gerasse um novo significado, transmitindo um ar de melancolia, porém, mantendo um ar clássico, e, ao mesmo tempo, no final do desfile o barulho do estrondo transmitisse um impacto de destruição nas pessoas.

Tudo foi produzido de uma forma estratégica, com o objetivo de que o público não percebesse que as peças seriam destruídas e que a reação das pessoas fosse a mais forte e espontânea possível. Além disso, gerar um imenso vazio nas pessoas, como um sentimento de perda, tentando passar algo que ele estava sentindo, e de que todo aquele deslumbramento e beleza que o público estava contemplando, ficaria apenas na memória.